Museu Biológico Digital

Amazônia

A Amazônia é o maior bioma brasileiro e um dos ecossistemas mais biodiversos do planeta. Seu clima é quente e úmido o ano todo, criando condições ideais para a vegetação densa e exuberante.

Foto por: James Martins

A Floresta Amazônica, a maior floresta tropical do mundo, abriga uma imensa diversidade de animais, incluindo serpentes como a jararaca-da-Amazônia (Bothrops atrox) e a surucucu-pico-de-jaca (Lachesis muta).

Bothrops atrox. Comunicação Butantan.

Caatinga

A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro, com paisagens secas e clima semiárido. As chuvas são escassas e irregulares, e as temperaturas costumam ser altas. Para sobreviver, muitas plantas desenvolveram adaptações, como os cactos, que armazenam água, e arbustos com raízes profundas.

Foto por: Vander Gomes

Apesar das condições extremas, a Caatinga abriga uma grande diversidade de animais e plantas. Uma moradora ilustre desse bioma é a jararaca-da-seca (Bothrops erythromelas), que se camufla perfeitamente na paisagem árida, graças ao padrão de cores de suas escamas.

Bothrops erythromelas. Comunicação Butantan

Cerrado

O Cerrado, também conhecido como savana brasileira, é um dos biomas mais biodiversos do Brasil, ocupando grande parte do Centro-Oeste. Seu solo ácido, geralmente argiloso e pobre em nutrientes, abriga uma vegetação adaptada ao fogo e à seca, com raízes profundas, cascas grossas e folhas resistentes.

Foto por: Monorifilho

O Cerrado apresenta uma grande diversidade de répteis. Entre elas estão diferentes espécies de lagartos que são conhecidos popularmente como calangos. No Museu Biológico, o Cerrado é representado pelo calanguinho-listrado (Ameivula ocellifera) e a caiçaca (Bothrops moojeni).

Bothrops moojeni. Comunicação Butantan

Ilhas e Jararacas

O Brasil lidera o ranking de diversidade de jararacas, com 32 espécies registradas, das quais 16 são exclusivas do país. Entre elas, cinco vivem apenas em ilhas costeiras: Bothrops alcatraz, Bothrops insularis, Bothrops otavioi, Bothrops sazimai e Bothrops germanoi.
A Ilha da Queimada Grande (SP), localizada a 35 km do litoral paulista, entre Itanhaém e Peruíbe, é uma área de proteção ambiental desde 1985 e tem acesso restrito a pesquisadores. A ilha possui cerca de 137.000 hectares de Mata Atlântica e é cercada por costões rochosos. Um farol automático é mantido pela Marinha do Brasil para a sinalização de embarcações.

Foto por: Marinha do Brasil

Entre os animais ameaçados que habitam a ilha, popularmente conhecida como Ilha das Cobras, a jararaca-ilhoa (Bothrops insularis) é a espécie mais emblemática.

Bothrops insularis. Comunicação Butantan

Mata Atlântica

A Mata Atlântica é um dos biomas brasileiros mais ricos em biodiversidade e se estende do Nordeste ao Sul do país. Esse bioma forma um mosaico de paisagens, com florestas tropicais em montanhas, matas de araucária, campos de altitude, restingas e manguezais, entre outros.

Foto por: Frederico Tomas de Souza e Miranda

Este rico ecossistema é lar de muitas espécies de animais e plantas, adaptados ao clima predominantemente úmido e com grande variação térmica. A jararacuçu (Bothrops jararacussu), maior serpente do grupo das jararacas, é uma representante de respeito desse bioma.

Bothrops jararacussu. Comunicação Butantan

Pampas

Pampas, também conhecidas como pradarias, ocupam o sul do Brasil, no estado do Rio Grande do Sul, e países vizinhos. O clima subtropical tem estações bem definidas, e a paisagem é dominada por planícies e elevações suaves, cobertas por gramíneas e arbustos com poucas árvores.

Foto por: Fernando Bozza

Comumente conhecida pelo desenho que lembra um crucifixo no topo de sua cabeça, a urutu-cruzeiro (Bothrops alternatus) representa este bioma, mas ocorre em toda a região sul do país.

Bothrops alternatus. Comunicação Butantan

Pantanal

O Pantanal é a maior planície alagada do planeta e uma das regiões mais ricas em biodiversidade no Brasil, apesar de ser o menor bioma do país . Localizado no Centro-Oeste do Brasil e se estendendo até o Paraguai e a Bolívia, a abundância de água doce favorece uma fauna excepcionalmente vasta. Infelizmente, o bioma tem sido fortemente impactado pelas queimadas causadas pela ação humana, mudanças climáticas e criação de pastos.

Foto por: Leandro de Almeida Luciano

A jararaca-do-mato-grosso (Bothrops mattogrossensis), é uma das principais representantes da fauna do Pantanal.

Bothrops mattogrossensis